Apaixonada pelo o meu melhor amigo - Final

- Você não me procurou mais. Disse Bruno perto do meu ouvido. Estávamos na nossa festa de confraternização da faculdade. Havia duas semanas que não falava com ele e não tinha uma resposta concreta para dar a ele. Cocei a cabeça tentando ganhar mais tempo para dar uma desculpa qualquer.
- Porque você fez isso comigo? Porque não falou mais comigo? Eu te liguei todos os dias.
Respirei fundo - Eu estava ocupada demais.
Bruno apertou os olhos  - Você está mentindo. Pare de mentir! Ele pegou a minha mão e saiu me puxando para fora da festa. Me desviei das pessoas com dificuldade e desci as escadas da casa, logo estávamos no grande jardim que tinha em frente a casa. O céu estava lindo, com as estrelas brilhantes, mas o ar estava gelado, era inverno, juntei os braços ao meu corpo quando vento bateu em mim. Bruno ficou me encarando, o seu rosto estava imparcial, eu não sabia o que ele estava pensando.
- Me diga a verdade, Ana. Você  se afastou de mim, você é a minha melhor amiga! Bruno falou alto, estava nervoso, como eu sabia?  A veia de sua testa estava saltada.
Joguei o copo de refrigerante no chão - Isso! Disse apontando para o espaço que estava entre nós - Você me vê como uma amiga, Bruno. Estou cansada disso! Estou cansada de ser apenas a sua amiga, eu gosto de você. GOSTO! Está satisfeito ? Não posso mais ser sua amiga, todos conseguem ver que eu gosto de você desde sempre. Porque você não viu? Porque não gosta de mim do mesmo jeito que eu gosto de você? Gritei para todos ouvirem, aquilo estava me consumindo fazia tanto tempo, que eu senti os meus ombros mais leve, o meu coração mais leve, tudo estava fluindo, inclusive as minhas lágrimas que estava escorrendo pelo o meu rosto e eu não tinha percebido. Bruno ficou me encarando surpreso, os seus olhos piscavam tão rápido, ele estava em choque.
- Eu... e-... u. Bruno tentou formar uma frase, mas foi em vão. Dei um riso sem humor e joguei o meu corpo para o lado, e então percebi que tinha várias pessoas perto de nós, prestando atenção na nossa conversa.
- Quer saber? Esquece! Eu sabia que isso ia acontecer um dia. Fui idiota demais para acreditar que poderia dar certo algum dia. Comecei a rir, estava nervosa e o meu corpo estava tremendo, respirei fundo tentando me acalmar - Adeus, Bruno. Dei meia volta e sai andando rápido daquele local, o meu coração estava em pedacinhos que eu poderia junta-los em outro momento.
- Ana, espera! Ouvi Bruno gritar, mas não olhei para trás. Senti alguém me puxar pelo braço com força e o meu corpo bateu no corpo de Bruno, e olhei em seus olhos.
- Quem disse que eu não te amo? Sua voz saiu baixa e então ele me beijou. Eu sonhei todas as noites com aqueles lábios tocando os meus, com os seus braços em volta do meu corpo. Como aquilo era reconfortante. Paramos de nos beijar e eu o olhava sem acreditar.
- O que? Disse baixo, ainda estava tentando recuperar o fôlego.
- Eu sempre te amei, Ana. Desde quando nos vimos pela primeira vez no colégio. Bruno deu um sorriso torto que eu sempre amei - Mas você sempre dizia que éramos amigos e aquilo me deixava muito mal, então resolvi ter uma ideia, meio idiota admito. Sobre fazer amor com você, eu precisava te sentir.
Mordi os lábios nervosa e abaixei a cabeça um pouco sem graça.
- Eu te amo, Ana. Sempre te amei. Fica comigo? Bruno sussurrou.
Levantei a minha cabeça e olhei sorrindo - Para sempre, Bruno.
Nos beijamos mais uma vez, esse beijo foi o primeiro de muitos. 

E assim foi a minha história, um pouco complicada talvez. Vocês estão se perguntando se estamos juntos ainda depois de 20 anos que se passaram, não é ? Estamos sim!! E vamos ficar até envelhecermos.