Apaixonada pelo o meu melhor amigo - Parte 2




Pisquei algumas vezes enquanto o olhava, o meu coração martelava de maneira descompensada. Mordi os lábios nervosa e suspirei.
- Eu não posso fazer isso, Bruno. Disse envergonhada e abaixei a cabeça. Eu não queria que ele me olhasse nos olhos e descobrisse que estava tão estampado assim na minha cara que eu gostava dele. Minhas amigas sabiam disso, porque elas diziam que eu não sabia disfarçar. Mas se eu não sabia disfarçar, porque ele nunca falou nada? Porque ele não veio até mim e perguntar: "Está querendo me dizer algo? " 
- Porque você não pode fazer isso? É algo tão normal. Disse Bruno ao se aproximar de mim, ele se sentou ao meu lado e colocou a mão em minha perna. Aquilo me deixou com raiva, porque ele dizia que aquilo era normal? Não era normal. Eu não me sentia ''normal'' perto dele.
- Como você pode dizer que é normal, Bruno? Porque você está tão interessado em fazer esse tipo de coisa? Nós somos amigos. Enfatizei a palavra amigos enquanto me levantava da cama nervosa e com raiva dele. O olhei de maneira dura, o seu semblante era calmo, como se nada no mundo, o pudesse atingir.
- Eu sei que somos amigos, Ana.  Não precisa ficar me lembrando disso o tempo todo. E eu só estava curioso, mais nada. Bruno deu de ombros.
- Curioso com o que? Você já fez isso antes e eu também, não tem nada aqui para despertar a curiosidade. Esse tipo de coisa não pode acontecer com a gente, porque isso pode muito bem mudar a nossa amizade. Disse na defensiva.
- Porque poderia mudar a nossa amizade? Bruno tombou a cabeça para o lado, parecia curioso até demais. E eu não queria dar com a língua nos dentes. Já estava falando demais. Mudei o peso do meu corpo de um lado para o outro e tentei contar até 10 mentalmente.
- Bruno, vai embora, por favor. Preciso me encontrar com a minha mãe daqui a pouco no mercado. Apontei para a porta e não olhei diretamente para os seus olhos, estava com muita vergonha e me sentia exposta ao sentimento que estava tão visível ao meu ver, que ele não conseguia sentir e muito menos ver. Ir ao mercado não era uma desculpa, pois eu teria que ir de qualquer jeito, mas a era uma saída para poder pensar sobre aquilo. Eu estava com raiva de Bruno por nunca perceber nada. Estava com raiva de mim por nutrir um sentimento que não era correspondido, já que durante todos esses anos ele ficou com uma boa parte das meninas da nossa universidade. Bruno se levantou calmo e seguro de si e ficou me encarando.
- Nos vemos mais tarde?
Balancei a cabeça confirmando, mas era mentira, eu não queria vê-lo. Eu tinha optado naquele momento, que não queria sentir mais nada por ele.

2 comentários:

  1. Olá linda!
    Adorei a continuação, como tinha referido no comentário do post anterior você escreve muito bem e continuou a dizer que sim. Adoro a maneira como você escreve, porque consegue cativar o público a ler e conseguimos imaginar o espaço e o estado de espirito das pessoas que participam na história. Parabéns e continue escrevendo! :D
    Beijos, muito sucesso :)

    http://sabiasdistoo.blogspot.pt/

    ResponderExcluir
  2. Obrigada mesmo de verdade. Espero mesmo que tudo dê certo por aqui. Estou muito empolgada. Vai ter mais uma parte da história ein. rs

    beijos, sucesso pra você também

    ResponderExcluir